04 de março foi instituído Dia Mundial da Obesidade como forma de alertar a população para os riscos provocados por esta condição que traz mais propensão para alguns tipos de doenças. A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização quanto à importância da atividade física e da alimentação adequada.
É fato que a sociedade como um todo está cada vez mais sedentária. Os avanços tecnológicos fizeram com que milhares de pessoas diminuíssem suas atividades físicas cotidianas, passando a maior parte do tempo sentadas, seja ao volante do carro, em frente ao computador ou de jogos eletrônicos, tarefas que consomem pouquíssimas calorias.
As refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos ricos em gordura e açúcar precipitam o aumento do número pessoas obesas, em todas as faixas etárias, inclusive crianças. Ao invés de refeições leves e balanceadas, as pessoas ingerem uma quantidade cada vez maior de calorias e quase não gastam.
A taxa de obesidade do país triplicou quando comparada à década de 1970, por exemplo. Se você perguntar às pessoas de gerações passadas, certamente dirão que a obesidade era um problema mais ligado a condições genéticas e não a costumes sociais, como vem acontecendo nas últimas décadas.
Algumas disfunções endócrinas também podem levar ao desenvolvimento da obesidade.
O que a obesidade desencadeia?
Se a obesidade fosse apenas um fator estético não haveria problema, mas o real perigo mora nas questões de saúde que ela pode desencadear, tornando essas pessoas propensas a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, pedra na vesícula, artrite, artrose, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula e mais recentemente, problemas ligados à COVID-19.
A conscientização para esse grupo de pessoas passa a ser muito mais complexo, a partir do pressuposto de possíveis problemas psicológicos, pois os familiares, amigos e muitas vezes até os médicos menosprezam as pessoas obesas como culpadas, fazendo com que elas se envergonhem de serem como são.
Claramente esse não é o ponto para melhorar a saúde das pessoas. Induzir a mudança de hábito através do desgaste da saúde emocional e psicológica é tão perigoso quanto ser obeso. O ponto é: como toda doença crônica, a obesidade tem raízes profundas e complexas.
É preciso repensar as atitudes para com as pessoas que se enquadram como obesas, levar a informação e orientação a elas, sem jamais ofender ou constranger. Precisamos lembrar que a doença é apenas uma condição.
Os hábitos determinam tudo
Para combater o excesso de peso é preciso mudar os hábitos alimentares e fazer exercícios físicos, mas não é tão simples. A ansiedade aliada à compulsão alimentar pode desencadear um vício por comida para sanar as condições psicossomáticas.
Além da conscientização para a mudança dos hábitos é preciso haver campanhas para estimular o acompanhamento médico. A pessoa obesa, sozinha, dificilmente consegue ter a disciplina necessária para contornar a obesidade e permanecer com a saúde mental intacta. Por isso, além do acompanhamento nutricional e com profissional de educação física, é indicado um acompanhamento psicológico.
Como alinhar os hábitos com a realidade empresarial?
O Dia Mundial da Obesidade, em 04 de março, torna-se crucial para retirar tabus, conscientizar as pessoas e estimular o acompanhamento médico. É importante compreender que a obesidade não é um problema pessoal, de desleixo ou algo do tipo, e sim um caso de saúde pública que merece ter os devidos esclarecimentos e cuidados dentro das empresas.
Pessoas obesas também sofrem na relação com contratantes, chefes e RH. É muito importante que as empresas invistam em campanhas informativas de esclarecimento e acompanhamentos com equipes multidisciplinares, com endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e outros.
A orientação de profissionais da área da saúde permite a construção de novos hábitos e um novo estilo de vida que ajudarão as pessoas a alcançarem e manterem um peso saudável.
Se “o caminho só existe quando você passa” (música do Skank), procure orientação e dê o primeiro passo para uma vida com mais qualidade e saúde.